domingo, 19 de junho de 2011

Diferenças entre Pintura Neoclassica e Romantica



 2D  COMPONENTES :
-MARJORYE N 28
-LUCAS PEREIRA  Nº25
-VALQUIRIA ROSS Nº39
-JÉSSICA ABREU Nº18
-STÉFANNY CAROLINNE Nº37
-RAFAEL ALMEIDA Nº35



Pintura do neoclassicismo


As alterações políticas da época, nomeadamente o término do absolutismo e a chegada da Revolução Francesa, levam a uma necessidade geral de ruptura com o passado próximo e com a sua estética associada, o barroco. Também a nova prioridade dada ao racionalismo e ao novo modo de percepção do mundo, que emerge com o Iluminismo, abala a fé religiosa e relega para segundo plano as temáticas artísticas relacionadas com o espiritual. Desaparecem quase por completo as cenas religiosas para dar lugar ao gosto pelo historicismo (principalmente da Roma Antiga), temas do cotidiano e ainda mitológicos.
No despontar de uma nova era, torna-se imperial para os artistas, e para a sociedade em geral, a busca peloverdadeiro, a pureza, a integridade moral e a virtude cívica, e a fonte indicada para esse objectivo é a Antiguidade Clássica e a sua arte. A arte greco-romana é a “nobre simplicidade e a tranquila grandeza” [1], as linhas clássicas, claras e simples, surgem como um bálsamo para os que reagem contra as formas exageradas e excessivas do barroco. Mas esta interpretação do passado vai assumir características diferentes daquelas assumidas durante oRenascimento. Os artistas neoclássicos vão basear-se na sua estética, mas vão atribuir-lhe um novo significado e um novo conteúdo, vão usá-la como invólucro da mensagem contemporânea da nova visão do mundo e da sociedade. Mas a grande parte das peças da Antiguidade Clássica descobertas no século XVIII são tridimensionais: a escultura é uma das formas de expressão mais cultivada então, ao contrário da pintura. Desse modo, a maior influência pictórica assimilada pelos neoclássicos vai ser aquela deixada pela herança das pinturas dos artistas do Renascimento e domaneirismo.
  • Características formais
A pintura neoclássica é uma pintura descritiva de forte realismo, onde o traço linear assume maior importância que a aplicação da cor (ao contrário da expressividade pictórica do Romantismo). As cenas vivem da composição formal, são harmoniosas, os elementos possuem contornos bem definidos e são dispostos em planos ortogonais equilibrados. De um modo geral as figuras assumem uma postura rígida, onde a luz artificial direccionada (em foco) ajuda à criação de um ambiente teatral, resultando numa imagem sólida e monumental. Esta frieza, conseguida pelo artificialismo da composição, distancia o observador, tornando a pintura numa imagem simbólica.
                                  Obra se Jacques-Louis David(O cupido e Psique)
A agitação de Tânger (1837-1838),de Delacroix




Pintura do romantismo



Chama-se pintura do Romantismo um feixe heterogêneo de estilos encontrados na pintura ocidental num período de mais de cem anos entre o fim do século XVIII e o fim do século XIX, como uma reação ao equilíbrio, impessoalidade, racionalidade e sobriedade do classicismo, e cuja ênfase estava na expressão de visões pessoais fortemente coloridas pela emoção dramática e irracional. Uma cronologia unificada é impossível de estabelecer; varia conforme a região e os autores também discordam sobre sua amplitude, alguns reduzindo o período para entre o início do século XIX e apenas poucas décadas seguintes.
A definição do Romantismo na pintura é difícil. Não foi um estilo unificado em termos de técnica ou temática, já que a diversidade de contextos nos vários países onde essa corrente floresceu deu margem à formação de escolas regionais bastante características e por vezes centradas em temas ou abordagens específicos. Já disse Baudelaire:


O romantismo não se encontra nem na escolha dos temas nem em sua verdade objetiva, mas no modo de sentir. Para mim, o romantismo é a expressão mais recente e atual da beleza. E quem fala de romantismo fala de arte moderna, quer dizer, intimidade, espiritualidade, cor e tendência ao infinito, expressos por todos os meios de que as artes dispõem"..[9]
Desde já se entende que são de esperar o surgimento de tendências múltiplas se agitando sob um mesmo rótulo, às vezes concordes, outras em aparente oposição, e a história da pintura revela o quão acertada foi a análise do poeta. Geralmente se concede que um elo unificador foi o desejo de expressão do individual, do intenso, do subjetivo, do irracional, do espontâneo e do emocional, do visionário e do transcendente, antes do que o impessoal, o lógico, o moderado e o claro, o equilibrado e o pré-programado que estruturaram o ideal clássico. Muitas vezes a expressão do gênio individual gerou projetos que buscavam primariamente chocar, cortejando o bizarro, o não-convencional, o exótico e o excêntrico e beirando o melodramático, o mórbido e o histérico.[3]
Suas idéias individualistas favoreceram o nascimento da liberdade de escolha, de um senso de integridade e independência do artista e de um espírito avesso às convenções estilísticas de sistemas de valores genéricos e impessoais como os sustentados pelo Neoclassicismo e oAcademismo. Naturalmente essa postura se chocava contra a ordem estabelecida, e não admira a proliferação de imagens dramáticas que é uma das marcas dessa escola, expressando a solidão e angústia do criador diante de uma sociedade incompreensiva, só encontrando consolo na natureza, representada com uma face ora épica e heróica, ora lírica e terna, ora patética e aterrorizante, como um espelho de sua alma atormentada mas em união mística com a Criação em seu estado virgem. Também esses sentimentos muitas vezes se mostravam como uma profunda compaixão para com o sofrimento do homem, ou como uma revolta contra a opressão e as desigualdades, tendo muitas vezes servido a pintura para defender o povo contra a tirania do sistema, vide a contribuição de Goya e Delacroix. Não obstante, com o passar dos anos seus valores mais vigorosos e contestadores foram incorporados pela própria Academia e se tornaram convencionais, degenerando para um sentimentalismo inócuo e por vezes afetado.

                                 Auto retrato de Gustave courbet(1844)
             William Turner, Veneza: O grande canal, 1835.






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-MARJORYE N 28
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